quinta-feira, 19 de março de 2009

Qual é o melhor? F-22 Raptor ou F-35

F 35 é uma opção mais barata que o F 22 Raptor



Com os problemas estruturais que foram identificados nos caças F-15 da Força Aérea dos Estados Unidos, e com a necessidade de substituir essas aeronaves antes do tempo previsto, a discussão sobre que tipo de aeronave escolher encontra-se aberta entre os políticos do país.

Quando nos anos 80 os projectistas norte-americanos começaram a desenvolver a geração seguinte de aeronaves de combate – e isto é feito com décadas de antecedência – a doutrina normalmente em vigor, apontava para necessidade da existência de duas aeronaves de combate.
Como o F-15 era a mais antiga das duas aeronaves de combate principais, o futuro avião Stealth dos Estados Unidos, destinado a substituir o F-15 passou a ser conhecido como F-22.
O F-22 é uma aeronave revolucionária, mesmo considerando apenas os dados conhecidos, uma vez que muita informação sobre a aeronave continua a ser secreta.
A sua principal característica é a possibilidade de quase desaparecer dos radares de defesa aérea dos potenciais inimigos.
No entanto, embora ultra sofisticado, o F-22 também é ultra-caro, pois até 2007 o custo estimado para cada uma das aeronaves construídas está entre os 300 e os 350 milhões de dólares americanos.

O desenvolvimento de aeronaves para a força aérea dos Estados Unidos prosseguiu, de seguida com a concepção de uma aeronave mais pequena e menos poderosa que o F-22, mas que também incorporasse muitas das tecnologias «Stealth» que foram desenvolvidas para o F-22 e também para aeronaves como o F-117 e o bombardeiro B-2.

Surge assim o F-35. Um avião que sendo bastante mais barato que o F-22, tem características que continuam também a ser secretas, o que levou a que a futura exportação destas aeronaves tenha sido condicionada, mesmo para países que são tradicionais aliados dos Estados Unidos.

Acidentes e renovação da frota

Com parte da frota de F-15 parada por problemas que ainda não estão completamente apurados, a substituição destes aviões está agora em cima da mesa e os políticos norte-americanos são chamados a decidir onde devem gastar o dinheiro dos contribuintes.

Para a força aérea norte-americana, a opção preferível para substituir o F-15 seria naturalmente o F-22. Ele é mais poderoso mas também muito mais caro, e o encerramento da sua linha de produção já está em análise no Pentagono, estando uma decisão pendente do ok do próximo presidente americano, que deverá ser eleito em Novembro de 2008.

F-35: Opção mais barata

Assim, tem vindo a ser levantada a possibilidade de manter a linha de montagem aberta, de forma a substituir as aeronaves que apresentaram problemas por caças F-22, o que faria o numero total de F-22 s construídos subir de 183 para 381.
Do lado do congresso e senado norte-americanos a ideia não parece ser muito bem vista por muitos senadores e representantes, que acham que a força aérea só deverá receber esses aviões se conseguir demonstrar de fora eficaz, que inimigos é que prevê enfrentar no futuro que tornem necessária a utilização daquele que é o mais sofisticado caça do mundo.

Antecedentes
Desde os anos 70 que na Força Aérea dos Estados Unidos adoptou o principio da utilização de duas aeronaves de combate. 

Numa gama mais alta, a força aérea norte-americana optou por adquirir uma aeronave grande, potente e com grande autonomia, o F-15. Ele tinha dois motores e estava preparado para utilizar mísseis de curto alcance e especialmente mísseis de médio alcance, que eram maiores e mais pesados. O F-15 também podia subir mais alto e a velocidades maiores que outras aeronaves.
O alto custo do F-15, levou ao desenvolvimento do F-16, que partiu exactamente de um exercício de tecnologia para verificar se seria possível construir uma aeronave mais pequena e mais barata, mantendo no entanto uma elevada capacidade militar.

O F-16 «Fighting Falcon» foi inicialmente pensado para combate a curta distância, pelo que as suas características aerodinâmicas e a sua habilidade para o «dogfight» (combate aéreo entre duas aeronaves a curta distância) era uma das suas características. O F-16 foi inicialmente pensado para utilizar o seu canhão de alta velocidade e mísseis do tipo Sidewinder de curto alcance e para utilizar dentro do alcance visual. A sua autonomia[1] também era menor.

Com o evoluir da técnica, ao longo dos anos 80 e 90 as modernizações do F-16 levaram a que a aeronave fosse sendo muito aperfeiçoada, tornando-se numa aeronave que em muitos casos pode desempenhar o mesmo tipo de missão do F-15 que é bastante maior.

Neste caso, uma mesma aeronave, desde que reconfigurada, poderá ser utilizada numa miríade de missões e a necessidade de um super-caça em grandes quantidades parece ser menor que no passado.

[1] Mesmo no quesito «autonomia» o fabricante tem efectuado modificações no F-16 com a inclusão de tanques conformais nas laterais do avião, que embora alterem o aspecto da aeronave, não têm implicações no seu comportamento como avião de combate.

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